Uvas Tannat e as “procianidinas”
Matéria publicada no caderno Ciência do Jornal Folha de São Paulo30/11/2006 - 12h15
Uva de vinhos uruguaios protege mais as coronárias MARCELO LEITEColunista da Folha de S.PauloNinguém precisa de mais um bom motivo para abrir uma garrafa do vinho tinto produzido com a cepa de uvas Tannat, com alto teor alcoólico e aromas de "frutas vermelhas". Cientistas britânicos, no entanto, acrescentaram mais um à lista: a variedade é uma das que mais protegem o coração.Os produtores do Uruguai vão adorar a notícia publicada na edição de hoje da "Nature". O país é o principal reduto da uva, originária da França. Após a introdução da Tannat, em 1870, a cepa responde pela maior parte dos 95 milhões de litros ali produzidos anualmente.Jorge Carrara/Folha Imagem Vinhos Tannat têm de duas a quatro vezes mais atividade biológica de procianidinas O grupo de Roger Corder, da Queen Mary University, investigou vários compostos do vinho tinto --os chamados polifenóis-- candidatos a maiores responsáveis pela já comprovada proteção.A pesquisa queria saber quais frações dos polifenóis inibiam melhor, em certas células das artérias coronárias, a produção da endotelina-1 (ET-1), um vasoconstritor. Os polifenóis inibem a ET-1 e facilitam o fluxo de sangue.A análise química indicou que os polifenóis mais ativos do vinho tinto são as procianidinas --taninos condensados presentes em alta concentração, de até 1 g/l, em vinhos Tannat.Os britânicos compararam vinhos de regiões européias com alta longevidade na população com vinhos de outras partes. Chegaram à Província de Nuoro, na Sardenha, e ao Departamento de Gers, no sudoeste francês, ambos detentores de invejáveis expectativas de vida --em particular, entre homens. Além da predileção por Tannat, sobrevivem na região métodos tradicionais de produção vinícola que favorecem a extração de procianidinas das sementes de uva. Seus vinhos tinham de duas a quatro vezes mais atividade biológica e concentração dessas substâncias que em outros estudados
Uva de vinhos uruguaios protege mais as coronárias MARCELO LEITEColunista da Folha de S.PauloNinguém precisa de mais um bom motivo para abrir uma garrafa do vinho tinto produzido com a cepa de uvas Tannat, com alto teor alcoólico e aromas de "frutas vermelhas". Cientistas britânicos, no entanto, acrescentaram mais um à lista: a variedade é uma das que mais protegem o coração.Os produtores do Uruguai vão adorar a notícia publicada na edição de hoje da "Nature". O país é o principal reduto da uva, originária da França. Após a introdução da Tannat, em 1870, a cepa responde pela maior parte dos 95 milhões de litros ali produzidos anualmente.Jorge Carrara/Folha Imagem Vinhos Tannat têm de duas a quatro vezes mais atividade biológica de procianidinas O grupo de Roger Corder, da Queen Mary University, investigou vários compostos do vinho tinto --os chamados polifenóis-- candidatos a maiores responsáveis pela já comprovada proteção.A pesquisa queria saber quais frações dos polifenóis inibiam melhor, em certas células das artérias coronárias, a produção da endotelina-1 (ET-1), um vasoconstritor. Os polifenóis inibem a ET-1 e facilitam o fluxo de sangue.A análise química indicou que os polifenóis mais ativos do vinho tinto são as procianidinas --taninos condensados presentes em alta concentração, de até 1 g/l, em vinhos Tannat.Os britânicos compararam vinhos de regiões européias com alta longevidade na população com vinhos de outras partes. Chegaram à Província de Nuoro, na Sardenha, e ao Departamento de Gers, no sudoeste francês, ambos detentores de invejáveis expectativas de vida --em particular, entre homens. Além da predileção por Tannat, sobrevivem na região métodos tradicionais de produção vinícola que favorecem a extração de procianidinas das sementes de uva. Seus vinhos tinham de duas a quatro vezes mais atividade biológica e concentração dessas substâncias que em outros estudados
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