7/10/2008

Fique atento!!

A maior parte do fumo cubano é produzido em pequenas propriedades, que são chamadas de vegas. São áreas que vão de cinco acres (dois hectares) a 150 acres (60 hectares). O melhor tabaco vem da região de Vuelta Abajo de Pinar del Rio, próximo às cidades de San Luis e San Juan y Martinez. Nessa localidade, o terreno e o tempo são ideais para o plantio. De modo geral, os charutos havanos têm paladar de médio a encorpado, com traços de café, mel e um leve sabor de terra. Além dos tradicionais charutos feitos à mão, a ilha também fabrica outros em máquinas. Outro problema que vem prejudicando a produção cubana são as falsificações de charutos havanos. De cada dez charutos consumidos no Brasil, seis são contrabandeados.
Para reverter esse quadro, foram criadas cinco marcas de identificação para as caixas de charutos originais da ilha. São elas um selo de garantia, três marcas de contraste (Habanos S.A., Hecho en Cuba e Totalmente a Mano) e o distintivo Habanos. A medida foi desenvolvida para garantir a qualidade do produto que chega ao consumidor. É possível encontrar Cohibas pelas ruas de Havana que são oferecidos a US$ 30,00 a caixa. A origem destes charutos pode ser:
- Folhas de miolo, capote e capa roubadas das fábricas que são fabricadas por torcedores em suas casas a noite. Como resultado final teremos um charuto que pode ter 100% de folhas cubanas, mas jamais o blend e/ou o controle de qualidade quanto à coloração e diâmetro do produto final. Para quem fuma pode ser um excelente charuto, pois leva fumo cubano (às vezes de ótima qualidade) porem pode ocorrer do fumo acabar e o torcedor colocar capim, folha de bananeira ou outro vegetal qualquer a fim de completar o charuto.
- Caixa roubada do armazém da Habanos e/ou Fábrica Partagás (onde atualmente se fabricam o Esplendidos e Robusto) o que representa 1% do que se vende na rua. Ou seja, é tirar a sorte grande encontrar esta caixa.
Como os charutos cubanos chegam ao Brasil.
- Importadores: Cubalse, Havanosul e Puro Cigar de Habana (charutos de procedência comprovada).
- Executivos de Fronteira (maleteiros) – Existem vários, alguns honestos e a grande maioria não, como é praxe neste segmento.
- Estudantes de Medicina brasileiros em Cuba que voltam ao pais e viajantes que querem recuperar o investimento na viagem – 99,9% são charutos de rua
- Turistas desavisados que compram os charutos na rua para presentear amigos achando que estão fazendo um excelente negócio.
Parece que a explosão do consumo de vinhos e cervejas especiais fez com que os consumidores quisessem um “algo a mais”. E ele parece ser o charuto.O fenômeno é tão sério que provocou o surgimento de uma nova profissão na praça: o epicure sommelier. É um profissional que trabalha em bares e restaurantes e cuja missão é recomendar a harmonização de um charuto e de uma bebida para o cliente ter o máximo de prazer nessa combinação.